quinta-feira, 26 de dezembro de 2019

Imperícia Verbal




O texto, revisão após revisões tem algo de traiçoeiro e incompressível!

Os erros, independente de que tipos, quer ortográficos ou de concordância, quer de coesão ou de coerência, sempre se imiscuem onde não se lhes quer.


 Os equívocos, poderosos, invisíveis, são verdadeiros inimigos que escarnecem dos reles mortais; logo fracos, indignos como adversários do ente veemente.

Quando se acha que o escrito está pronto, os desacertos sorrateiramente nos surpreendem.

Eles são tão ou mais notáveis para os não-autores, e percebemos as inexatidões nos textos alheios.

Os constantes fanfarrões fazem-nos passar por trapalhadas. Não nos matam, a não ser de vexame!                                                                                                     16.12.2019

segunda-feira, 16 de setembro de 2019

Ki










Minha musa pueril,
pouco a pouco amulhera-se.
Afortunado bandeirante ...
A pretensa ingenuidade enleva a minha mente.
Caminhos sinuosos fazem-me devanear, mais e mais.
Desejosa está, porém o relógio e as circunstâncias
nos dividem.

12/09/2019

domingo, 18 de agosto de 2019

A flor lilás_The purple flower_La fleur lilas


A flor lilás



Andava, vi-a, gostei, fotografei, pensei: enviarei à bela moçoila. Não houve relação entre qualquer dos seus gostares com a flor, embora haja relação da flor com o sol, com a natureza, de uma forma geral. Depois, todos os mencionados ou refletidos – mesmo não escritos são belos. Contudo, mesmo sabedor da sua importância e das suas apreciações, gosto dessa minha frágil personagem, quiçá – neste momento – mais do que da primeira.                                                                                                                                                                                                                             29 jul 2019.
 


The purple flower


I was walking on the street, I saw it, I like it, then I took a picture of it, and I thought: I will send it to a beautiful girl. No, there was not any connection among her interests and the flower, although there was a relationship among the flower, the sun, nature, in general. Then, all of them mentioned or reflect in my thoughts and not written are also beautiful. However even knowing of the importance of her and her interests I like my fragile personage, maybe – at this moment – more than the girl.                                                                                                                                                                                                                                    July 29th, 2019.









La fleur lilas



Je marchait dans un rue, je l’ai regardé, je l’aimé, alors j’ai pris sa photo d’elle et j’ai pensé : J’envoierai la photo à une belle fille.Non, il n’y avait pas quelque rélation entre la fleur, le soleil, la nature en générale. Donc, tout était mentioné ou réfléchi dans ma tête même qu’il n’a pas été écrit étaient jolies. Malgré savant son importance et de ses interêts j’aime plus ma personage fragile – maintenant – que la fille.
                                                                                                          Le 29 juillet 2019.





domingo, 14 de julho de 2019

LA CUCHARA CISPLATINA


     
     Está-se com a querida companheira em terras longínquas, em um hotel que não oferece além de um usual frigobar e dois copos para a situação.
      Ela tem um quase gravídico desejo por vinho e um queijo – não tão habitual –, e agora, o que fazer? Visto que uma parceira contrariada é pior do que não tê-la há tempos. O melhor é que parte da empreitada está posta, estão nas ruas. 
      Começam a procurar vinho de meia garrafa, já que só um bebe. Além do queijo, pão especial - não servem o francês, o de forma, o integral -, italiano é o parceiro ideal para o que deleitava Dionísio e para o produto lácteo (que também não haveria de ser muçarela, frescal, prato e tantos outros), quem sabe um parmesão ou um emmental.
      Mas para cortar o queijo e o pão não havia qualquer apetrecho que pudesse desempenhar tal façanha.
      Vai-se a uma padaria, a uma outra, um mercado, e mais outro. E nada de agrupar os itens desejados.
      Passam-se em frente a uma loja de caça e pesca, no qual há armas mil – até repelente para mosquitos –, mas nada que servisse, exceto um canivete suíço, porém, o custo não é convidativo.
      Depois de conhecer a loja de lingerie SI-SI, a de calçados TO-TÔ, chega-se ao supermercado TÁ-TÁ, onde há vinhos e queijos, contudo, nada de objetos cortantes de queijo, mesmo havendo outros talheres à venda. Solução: levar uma colher de sopa para cortar o queijo.
      Ao retornar ao quarto de hotel, ela sugere usar a sua chave-tetra, não para abrir a garrafa de vinho, mas para empurrar a rolha, cujo resultado prático seria o mesmo. Ele acata a ideia e tento fazê-lo, e não é que que a chave se quebra. Ela desespera-se e pergunta como entrará em sua casa. 
      Ele a acalma, e partem para o que seria o mais óbvio, pedir emprestado um saca-rolhas ao hotel. Então, fazem-no.
      
Após tantas celeumas para se conseguir o que precisavam, por fim, tomam vinho com queijo e pão novidadeiro, e como sobremesa: tartatela milhojas con dulce de leche.                                     26/04/2019