segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

O QUE É UMA UNIVERSIDADE PÚBLICA?

A resposta parece-me bastante óbvia, é aquela mantida por meio de recursos públicos. Na qual a grande maioria - quer seja do público externo, quer seja do interno –, pensa que o público não arca com o seu custeio. Ledo engano, pois uma única folha de papel armazenada, em uso, desperdiçada ou bem utilizada é adquirida através da contribuição popular.
Pode-se perguntar se a universidade pública tem maior obrigação para com a sociedade quando comparada com uma universidade particular. A particular tem apenas obrigação com as leis vigentes relacionadas à s
ua atividade empresarial e para com o público interno – os discentes. Embora em alguns casos ela possa ter também para com o público externo, por exemplo, para com um cidadão que utiliza a assistência jurídica gratuita fornecida pelo curso de direito – ele tem o direito de ser dignamente atendido.
Entretanto, a universidade pública é essencialmente constituída pela elite – quer se refiram aos os integrantes professores, quer aos discentes – por mais que algum deles negue, haja vista que o protagonismo deles, independente da
qualidade, é custeado também pelos que estão fora, mas não usufruem dela.
O discente tem o dever de se aplicar a todas as atividades relacionadas ao seu estudo, respeitar a todos – visto que os demais integrantes são procuradores, representantes dos não integrantes -, como também ser respeitado por todos. E caso não o seja, os mantenedores do seu estudo estão sendo enganados. O aluno não tem o direito de não estudar de forma empenhada, de faltar às aulas, ou danificar livros e quaisquer outras peças do patrimônio público sob a guarda da universidade.
E, ainda, após graduado ou pós-graduado, tem a obrigação eterna de fazer valer os ensinamentos lá adquiridos em prol de uma sociedade mais virtuosa, e desenvolvimentista no que se refere ao bem viver social.
Uma nação tem os seus valores alicerçados no seu povo, cultura e língua; os quais atrelados a um território perfazem um país.
Logo, os professores bem mais que os alunos de uma universidade têm
deveres para com a nação para a qual trabalham e não devem apenas simular que o fazem. E desse grupo não são poucos os componentes, mas felizmente em menor quantidade do que os dignos de serem chamados professores universitários.
Há os que proferem insatisfações das mais comezinhas, porém se esquecem – ou mesmo negligenciam – até mesmo do estudo para o contínuo aperfe
içoamento do conhecimento a ser difundido. Outros, sequer cuidam da língua nacional – seja na forma falada, seja na escrita.
Há os que desapropriam os alunos e o povo com a ineficiência de suas aulas, bem como os que comentam inclusive assuntos inadequados, como a contação de uma piada ou fato descabido em sala de aula.
Embora muitos detém os títulos de mestre ou doutor, poucos podem ser chamados, de verdade, como tais, já que não são facilitadores da propagação ou do desenvolvimento do saber; muito pelo contrário. 11022011


segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

OS GUARDIÕES DA LÍNGUA ESCORREITA ?

Quem tem a obrigação de zelar pela língua nacional? A elite? O povo? Os intelectuais? A ABL (Academia Brasileira de Letras)? Os professores? Aqueles que utilizam a palavra como instrumento de trabalho? Todos eles podem ter o dever de cuidar, não importam a sua origem social e/ou a sua função, mas sim, o seu aprendizado, o amor que tem pela nação, independente de por qual aspecto tenha predileção, seja ele o do povo, seja ele o da cultura geral. Pois o que é uma nação sem uma língua? Pode ser tantas outras denominações, mas não uma nação! Aqueles que tiveram ou criaram oportunidades de acesso ao seu nível de conhecimento, não importa ao qual dos grupos acima façam parte, contudo se além de falantes a tiverem com ferramenta de labuta, estes sim, têm dever preponderante de zelo sobre os demais que só a falam (usam-na com o objetivo da sobrevivência). Quais são os usuários que o são mais de uma vez? Os jornalistas, os escritores, os poetas, os publicitários, os palestrantes, os professores. Dentre esses, os únicos que ensinam a língua – na sua forma oficial – são os professores. Os que ensinam a língua correta - falada e escrita. O professor é o verdadeiro guardião da língua de uma nação. Tem a obrigação de ensiná-la bem, com o maior rigor no que se reporta aos ditames gramaticais, e se estes não o fizerem – e a despeito da dinamicidade da língua – será impossível não só de usá-la corretamente, como ensiná-la, porquanto a velocidade das mudanças. E o professor forma-se onde? Ele é formado nas academias -primeiramente -, entretanto, a sua formação nunca obterá a completude, por isso deve ser uma educação contínua, com a vivência e também na sala de aula, quando ensina. Então, há de se convir que a importância da universidade é inconteste? Mas e quando os professores e até a administração dela não se atém ao zelo para com a nossa amada e prestimosa língua? Veja este exemplo: 25 de outubro à 12 de novembro. Quando não, encontramos professores que possuem os mais elevados títulos acadêmicos – inclusive pós-doutorado no exterior –, entretanto, utilizam-na com incorreções gramaticais como se lhes pertencesse como o próprio corpo, acrescida ainda de termos reles. 01112010