quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

PRÓ E CONTRA MONARQUIA NO BRASIL

          Nos dias de hoje, refiro-me a 2017, muitos pensam que podem obter todos os direitos inimagináveis agora, mais os que as suas mentes possam vir a criar. Esses muitos consideram-se defensores de quaisquer verdades suas, às vezes, as mais estapafúrdias que um dito homo sapiens possa ter. Mas eles podem, visto que elas os favorecem.
Somado a isso, são por demais intolerantes às ideias alheias, exercendo o escárnio, o linchamento o moral e, em casos mais violentos, até o físico. Não importa o cerne da oposição de ideias e/ou preferências, vai desde o futebol, passando pela política, pelas artes, até a escolha sexual.
          E pasmem os senhores – quando escrevo senhores refiro-me às mulheres e aos homens, não somente a esses – presenciei um pequeno debate político real, sem ofensas de quaisquer tipos. As pessoas ativeram-se à defesa das convicções, não se desviaram para as ofensas da moral, da religião ou da família alheia. Este poderia ser um exemplo de debate civilizado a ser seguido, porquanto o brasileiro tornou-se politizado a partir de 2013, característica que paulatinamente vai se robustecendo em ânimos negativos – infelizmente – e em números.
          Leia o debate, mas antes entenda o seu início, o qual foi uma postagem em rede social, composta por algumas fotos com a bandeira do Brasil Império e as sentenças: “Viva o Império do Brasil!!! Em prol da volta da Família Imperial!!”

Um: – Tem gente querendo sustentar mais ociosos. O que as famílias reais fazem de bom para as suas nações? Precisamos é de vergonha na cara, o problema não é a política: quando o brasileiro – não o indivíduo, mas o conjunto de 207 milhões – prestar, a politica será boa.

Dois:Calma, amigo, a Família Imperial está e sempre esteve atenta ao nosso país. Como não pode agir politicamente, está sempre em contato com o povo, em ações sociais, eventos, hospitais, etc... sem uma luz para salvar e guiar os passos desta nação continuaremos caindo neste abismo republicano.

Um: – Se não há competência nos 207 milhões, o que nos assegura que esse segmento a detém. Respeito: opinião é opinião, contudo não visualizo fundamento.

Dois: Nossos políticos gastam milhões do dinheiro público todo ano com regalias... nós, monarquistas, queremos um controle desses gastos... isso, além de outras coisas, só serão feitos por alguém sem vínculo político, no caso, o Imperador.
A diferença é que um monarca é preparado desde a infância para ser chefe de estado. Diferente de um presidente que pode acordar um dia e falar: vou me candidatar. Sem nem saber ler direito.
Pesquise um pouco sobre a Família Imperial do Brasil. Vai entender do que estou falando, quando os conhecer melhor. Não vi patriotismo em nenhum outro lugar e em ninguém igual ao que presenciei em Dom Bertrand.

Um: Temos políticos que o são por inúmeras décadas e não aprendem. O que os príncipes Harry e William aprenderam para auxiliar o governo britânico, por exemplo? Penso que nada. Penso que me situo entre os que gostariam de ver este país em outro patamar. Nem por isso, estou à altura da governança de que ele precisa. Precisamos de ética, as demais características necessárias para ter uma boa e grande nação virão no bojo. Sou contra a monarquia, é arrumar mais gente para viver à custa do povo. Os nossos ex-imperadores eram malemolentes, quiçá despreparados, não fizeram boas gestões.

Dois: Eles passaram por uma situação difícil com a morte da mãe. Mas saberão o que fazer quando chegar a hora. Eles têm excelentes exemplos a seguir

Um: – Como disse, respeito a sua opinião. Contudo, se depender de meu voto, este país jamais será de novo uma monarquia.

Dois: Não sei a quais imperadores você se refere, mas D. João VI, nem foi imperador. Na época de D. Pedro II, o Brasil era uma das maiores potências mundiais, com muitos progressos, estabilidade política e financeira, tínhamos uma das maiores e mais preparadas marinhas do mundo. Sua opinião, também tem meu respeito. Obrigado por compartilhá-la. Mas gostaria de lembrar que a monarquia parlamentarista foi o único regime que deu certo no Brasil. Boa noite, amigo!

Um: Talvez conheça mais História do que eu. Todavia, não me lembro de um período relativamente longo, quiçá 5 décadas, que este belo e espoliado país tenha dado certo, face aos eternos malfeitores empoderados. Obrigado pelo debate. Abraço.

Dois: Abraço!


          Oxalá todo confronto de opiniões se desenvolvesse e finalizasse como esse. Quiçá um dia o povo brasileiro seja urbano o suficiente para tal nível de convivência face às diversidades.                                                                                               

16/11/2017