terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

OS 2/5 DO INFERNO SOBRE O POVO BRASILEIRO

Os nossos impostos, aquilo que pagamos diretamente aos desgovernos, são altíssimos; os beneficiados são os próprios desgovernos, seus pseudo-agentes e seus bajuladores. Quanto ao povo – os espoliados pagadores dos 2/5 do inferno – nunca recebe benesse alguma como retorno.

Diversos prefeitos-fantoches, aqueles que só sabem aumentar os tributos, majoram o IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) em percentuais assustadores, escarnecem-se dos seus munícipes.

Desgovernos estaduais, da mesma valha, tripudiam sobre os servidores e a população. Inúmeros estados falidos sequer pagam os funcionários.

O desgoverno federal não atualiza a tabela do Imposto de Renda desde 1996, defasada em 88,4% (http://economia.estadao.com.br/noticias/seu-dinheiro,sem-correcao-defasagem-da-tabela-do-ir-sobe-para-88-4,70002147100).

Há cerca de 3 anos, pagava R$ 400,00 pelo trecho Curitiba/Campo Grande/Curitiba, hoje só um trecho custa mais de R$ 400,00. Para ambos os casos, bilhetes comprados com antecedência de, no mínimo, 30 dias.

As companhias aéreas, com o respaldo da ANAC (Agência 
Nacional de Aviação Civil), organizaram-se para a indenização de bagagem pelo passageiro, alegando que a tarifa da passagem, propriamente dita, baixaria e o cliente seria cobrado com justeza, visto que quem levasse bagagem mais pesada pagaria mais por ela e vice-versa.

Agora, o passageiro que não leva uma mala pequena, mas apenas sua mochila, vê-se coagido pela tripulação a jogá-la no piso – certamente sujo, pois é o lugar onde as pessoas colocam os seus pés. Quem não leva mala pequena a bordo está pagando a mais, pagando para que outros levem as suas pequenas malas nos compartimentos internos; isso se soma à mala grande, que porventura tenha despachado e pagado por ela. No dia 29 de janeiro de 2018, paguei R$ 80,00 por uma mala de 26 kg, e ainda queriam que eu colocasse a mochila no chão.

Se há malas pequenas demais nos compartimentos acima dos passageiros não é problema de quem ainda não armazenou a sua bagagem de até 10 kg. O que a ANAC faz que não consegue gerenciar essa questiúncula? Não acreditei nessa história, o mercado não oscila a favor do cidadão.

Ainda no dia 29 de janeiro de 2018, uma garrafa de água com 310 ml custou-me R$ 5,50, o que equivale a pagar R$ 17,74 por um litro de água – deve ser o litro de água mais caro do mundo. Tem opção ? Tem, paga-se o preço vigente ou não paga e toma-se água da torneira. E a água da torneira é confiável? dê-me um exemplo de um serviço brasileiro confiável, talvez nem a água mineral o seja, tendo em conta que os alimentos, os medicamentos, à venda não o são. Lembram-se do leite com formol, do Microvlar (o anticoncepcional com farinha), dos combustíveis batizados – esse bem recorrente?

Triste país, miseráveis brasileiros, até onde iremos se a incompetência de nossos desgovernos não lhes permite gerenciar os assuntos mais comezinhos de nossa sociedade? pelo contrário, acrescentam ao povo, problemas e mais problemas. Citemos algumas manchetes da atualidade, 2018: febre amarela e a sua vacina, presídios em alvoroço, crime organizado, mortes nos trânsitos urbanos e interurbanos, desemprego altíssimo, poluição em geral, falta de água, energia elétrica cara, combustível caro, educação precária, saúde pública ineficiente, corrupção crescente, segmento do judiciário pressionado e instável. A lista é infinda.

Se não tivéssemos desgovernos oficialmente, haja vista que, na prática, não temos governos há muito tempo; nem me lembro quando o povo brasileiro o teve.

Pagamos impostos maiores que muitos países desenvolvidos e temos serviços públicos de país terceiro-mundista, ou se quiser um termo mais atualizado, conforme o tosco discurso politicamente correto: país em desenvolvimento. Isso só na teoria, porquanto não há desenvolvimento nestas plagas.                                                                                                                                       07/02/2018