sexta-feira, 29 de março de 2013

TRISTEZAS


As minhas maiores decepções, ou descontentamentos — ou quaisquer outros substantivos que os retratem, ou ainda, ao menos aproximem-se — não são exatamente as coisas ou as aspirações que não deixaram de ser abstratas, tais como, as mulheres midiáticas, perfeitas ou divinas que sequer aproximei-me delas, ou pior ainda, jamais souberam da minha plebeia existência...
Também não foram os lugares nacionais ou países que ansiei visitar...
Não são os luxos, como iates, aviões e outros ricos supérfluos, os quais almejei, não os tive e, talvez, não os tenha — o que é a probabilidade maior...
Não são os reconhecimentos, valorações que tive (ou pensava ter),
e nem sequer foram notadas...
Não, também não é a espiritualidade, pela qual busquei por diversas vezes, que não tenho...
Não é pela fé em Deus que quisera ter...
Pelos relacionamentos...
O que mais me entristece e desespera é a minha ignorância. Quanto busquei e, ainda busco por conhecimento, mesmo não sabendo o que faria se o tivesse.
Só um último aproxima-se do meu maior pavor — e sei que não terei a resposta, pelo menos, penso que não — a morte (essa maldita que a ninguém poupa), e mais ainda se precedida por dores e sofrimentos diversos.
Quanta desolação, escuridão, neste nosso andar.
Miserável morte, queria tanto que me detestasse e que tivesse vontade de sempre estar distante, e muito, de mim; que sequer soubesse que um dia existi. Ignore-me!
E você, oh tempo, não me castigue como se fosse um aliado dela.
Dupla implacável e soberana. Tão perversos perseguidores são. Misericórdia! Duas mil vezes misericórdia !     
 27/06/12