domingo, 12 de janeiro de 2014

A GRAÇA DE UMA MONT BLANC

          Visito uma família que mora em uma espécie de vila de quatro casas, em uma rua sem saída, duas a duas, e de frente para o outro grupo. As casas são feitas sobrados, pintadas na cor mostarda, com janelas de madeira na cor marrom. Parece um local interessante para habitar.

          Ao andar pelo corredor — ou rua sem saída ­—  para partir é possível visualizar os fundos estruturais de uma casa vizinha em enxaimel. Quantas histórias neste recanto. Quantos anos teria esta construção?
 
          É um caminho de algumas dezenas de metros da rua até às portas, nesse há algumas plantas, onde dois jovens gatinhos (um amarelo e outro preto e branco) brincam. Os filhotes animais são, sob certos aspectos, similares aos bebês humanos, um deles é quanto à graciosidade. Os bebês em geral são exemplos além do anterior, de energia, de beleza e de encanto no que tange ao futuro — da esperança no porvir.

          Das plantas que são belas faço diversas tomadas fotográficas, dos gatinhos entre as folhagens também.

          Uma criança com seus cabelos castanhos claros e longos, com janelinhas  nos incisivos centrais superiores (em que uma das abas está mais alta ou a outra mais baixa que a primeira, na dependência do referente), pergunto-lhe o nome, ela o diz:
— Fernanda.
— Fernanda Montenegro?
— Não!
— Então, é Fernanda Monte Branco, Fernanda Mont Blanc?
— Isto, isto mesmo.
— Está certo, prazer em conhecer você, Fernanda Mont Blanc.
— Pessoal, eis aqui a nova famosa dentre as maiores celebridades do cenário nacional: Fernanda Mont Blanc.

          Um lindo sorriso de janelas escancaradas invade-lhe a pueril face. Que doce e esperta criança. Corre avante e a ré brincando com os felinos domésticos. Afinal, a inesperada,  e  quase sempre fugaz, fama não ofusca o cerne existencial dela.

          É energizante ver e conviver com crianças saudáveis, inteligentes e bem cuidadas ( com os jovens animais também). Nenhuma criança deveria ser carente das necessidades básicas — elas deveriam ou poderiam ser priorizadas em relação aos adultos —, e nem desprovidas de segurança e afeto.                                                                 10/01/14



 
 

2 comentários:

  1. Oi Magalhães, passei por aqui. Parabéns. Continue sempre. Um abraço de seu amigo ainda na Força. Trannin.

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  2. Olá, companheiro, sempre vejo as suas andanças pelo PR. É bom viver pelos campos, talvez esteja lá a nossa essência. Devo ficar mais algumas semanas. Tudo de bom. Abr.

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