terça-feira, 5 de novembro de 2013

TÁ, ENTÃO, TÁ, TÁ: COLHER CISPLATINA

Está-se com a querida companheira em terras longínquas, em um hotel que não oferece além do usual de um frigobar para a situação e dois copos.
Ela tem um quase gravídico desejo por vinho e um queijo —não tão habitual—, e agora, o que fazer? Visto que uma parceira contrariada é pior do que não tê-la há tempos.
O melhor é que parte da empreitada está posta, estão nas ruas. Começam a procurar vinho de meia garrafa, já que só um bebe. Além do queijo, pão especial — não servem o francês, o de forma, o integral —, italiano é o parceiro ideal para o que deleitava Dionísio e para o produto lácteo (que também não haveria de ser mussarela, frescal, prato e tantos outros), quem sabe um parmesão ou emental.
Mas para cortar o queijo e o pão não havia qualquer apetrecho que pudesse desempenhar a façanha.
Vai-se a uma padaria, a outra, um mercado, e mais outro. E nada de agrupar os itens desejados.
Passa-se em frente de uma loja de caça e pesca, no qual há armas mil — até nunchaku, shuriken e espada samurai — mas nada que servisse, exceto um canivete, porém o custo não era convidativo.
Depois de conhecer a loja de lingerie SI-SI, da de calçados TO-TO, chega-se ao supermercado TA-TA, onde há vinhos, queijos, contudo nada de cortantes, mesmo havendo outros talheres à venda. Solução: levar uma colher de sopa para cortar o queijo.
Então, tomam vinho com fatias curvas de queijo e pão novidadeiro, e como sobremesa, milhojas dulce de leche. 13/10/13

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