Eu penso que não tenho restrição
para receber e dar carinho, logo não tenho patologia alguma, no que se refere a
relacionamentos.
Mas duas características, após a
escolha da origem e/ou do destino, do carinho são condições sine qua non: a
hora e o lugar.
Após tantas indelicadezas de um
marido para com a sua esposa – num ônibus interurbano – ela, segurando o bebê
deles, resolve numa atitude de retorno à paz sentar-se no colo do genitor do
bebê?
Também num ônibus, só que urbano,
percebo um jovem casal de namorados em cenas um tanto quanto dessemelhantes às
temperaturas glaciais, que só faltava ele apalpar-lhe as glândulas mamárias.
A falta de percepção para com os
circunstantes parece-me, também uma carência afetiva para com esses, bem como
retratar a ausência de dois outros tipos de sentimentos — o amor próprio e para
com a pessoa em questão — ao não se evitar tornar público o que deveria ser
privado.
Enfim, para tudo deve-se haver hora
e lugar, se não os dois — para livrar-se de extrema rigidez —, pelo menos, o
segundo. 18/05/09
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