segunda-feira, 9 de maio de 2016

SERIA O CERNE DO BRASILEIRO O REVERSO DO DESEJÁVEL?


Há uma sentença que se inere ao convívio social, à ética e a objetos correlacionados de que gosto muito: “Faça a coisa certa.”
       
Na sociedade, não importa se jovens, crianças ou adultos, somos sempre aprendizes — mesmo que alguns sintam a própria importância diminuir quando se encontram nela , o que é uma compreensão equivocada, somente seres inteligentes aprendem — ; assim, determinadas pessoas, dependente de seus status profissional, social e etário ocupam com mais frequência a de ensinador, o que não significa que em algum momento elas não possam ser aprendizes. 

O papel social de ambos pode variar quanto à responsabi- lidade social, normalmente a de aprendiz é considerada menor, mas não forçosamente. 

Imaginemos alguém na posição de aprendiz de Técnicas de Sobrevivência em situação de terremoto, esse tem responsabilidade maior que o instrutor, porque terá que repassar os ensinamentos a um grupo enorme de pessoas — disseminação de conhecimentos —, contudo, quando esse aprendiz repassar os ensinamentos absorvidos a função será outra, a sua responsabilidade como instrutor será tão grande quanto era a de aprendiz. Vemos que cada caso pode ser particular em se tratando de importância. Isso foi apenas para demonstrar que nem sempre ser aprendiz é demeritório, mesmo quando alguém assim o enfoca.

Assim, o mesmo podemos dizer da LIBERDADE, visto que muitas vezes percebemo-la de maneira distorcida. Liberdade não é alguém poder fazer tudo o que quer. Também podemos dizê-lo do DIREITO À EXPRESSÃO. Em relação a ambos, posso fazer tal coisa, devo; tenho o direito de fazê-lo, depende de cada caso; haverá ganhos só individuais ou também coletivos? Pensamos que a reflexão sobre o coletivo pode ser um ótimo balizamento para saber se, de verdade, devemos realizar determinado ato.

Dito isso, muitas vezes aceitamos um comportamento de uma pessoa e o condenamos em uma outra. Um adolescente que profere palavrões ou não se preocupa com outros pontos do seu comportamento é um ponto ruim; contudo, se ele estiver presente em uma pessoa mais madura, em um professor, em um profissional que pode ser tomado como exemplo social, o mesmo ato pode ser execrado por outras pessoas. É dizemos, especificamente nesse ponto,  que houve falta de responsabilidade social.

Se virmos determinadas pessoas/profissionais que deveriam conduzir a sociedade para posições mais aceitas/desenvolvidas, conforme à civilização em questão, em comportamentos deploráveis — como muitos de nossos dirigentes políticos e outras autoridades —, podemos considerar que essa sociedade está em uma direção inadequada para o seu desenvolvimento. Se o retrocesso não for possível, a estagnação e o escárnio por outros povos são certezas.

Sabemos que o brasileiro não detém o monopólio da corrupção e de todos os outros mal feitos, contudo, desafortunadamente somos protagonistas de primeira pequenez nesse certame, em nível planetário.

O número de vezes que vemos nossas autoridades em posições inconvenientes é infindável. 

Hoje, 09 de maio de 2016, cerca das 13 horas, vimos o Sr. Ailton Araújo (PSC), presidente da Câmara Municpal de Curitiba, estacionando o seu carro, de forma deliberada, na conta-mão, no Bairro Tingui, não era um momento de exceção, visto que saiu tranquilo de seu veículo e encetou uma conversação tranquila. Quiçá ele seja o candidato a vice-prefeito de Curitiba, na chapa do Gustavo Fruet (PDT), conforme o jornal “METRO”, de hoje.

Essa e outras atitudes que podem parecer simples trazem-nos um desânimo sobre os rumos desta terra tropical maltratada a todo momento até nas situações mais comezinhas, as quais dão um prenúncio de um futuro obnubilado.                 09/05/2016

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