Há
uma sentença que se inere ao convívio social, à ética e a objetos
correlacionados de que gosto muito: “Faça a coisa certa.”
Na
sociedade, não importa se jovens, crianças ou adultos, somos sempre
aprendizes — mesmo que alguns sintam a própria importância
diminuir quando se encontram nela , o que é uma compreensão
equivocada, somente seres inteligentes aprendem — ; assim,
determinadas pessoas, dependente de seus status profissional, social e etário ocupam com mais frequência a de ensinador, o que não
significa que em algum momento elas não possam ser aprendizes.
O papel social de ambos pode variar quanto à responsabi- lidade social,
normalmente a de aprendiz é considerada menor, mas não forçosamente.
Imaginemos alguém na posição de aprendiz de
Técnicas de Sobrevivência em situação de terremoto, esse tem
responsabilidade maior que o instrutor, porque terá
que repassar os ensinamentos a um grupo enorme de pessoas —
disseminação de conhecimentos —, contudo, quando esse aprendiz
repassar os ensinamentos absorvidos a função será outra, a sua
responsabilidade como instrutor será tão grande quanto era a de
aprendiz. Vemos que cada caso pode ser particular em se tratando de
importância. Isso foi apenas para demonstrar que nem sempre ser
aprendiz é demeritório, mesmo quando alguém assim o enfoca.
Assim,
o mesmo podemos dizer da LIBERDADE, visto que muitas vezes
percebemo-la de maneira distorcida. Liberdade não é alguém poder
fazer tudo o que quer. Também podemos dizê-lo do DIREITO À
EXPRESSÃO. Em relação a ambos, posso fazer tal coisa, devo; tenho
o direito de fazê-lo, depende de cada caso; haverá ganhos só
individuais ou também coletivos? Pensamos que a reflexão sobre o
coletivo pode ser um ótimo balizamento para saber se, de verdade,
devemos realizar determinado ato.
Dito
isso, muitas vezes aceitamos um comportamento de uma pessoa e o
condenamos em uma outra. Um adolescente que profere palavrões ou não
se preocupa com outros pontos do seu comportamento é um ponto ruim;
contudo, se ele estiver presente em uma pessoa mais madura, em um
professor, em um profissional que pode ser tomado como exemplo
social, o mesmo ato pode ser execrado por outras pessoas. É dizemos, especificamente nesse ponto, que houve falta de responsabilidade social.
Se
virmos determinadas pessoas/profissionais que deveriam conduzir a
sociedade para posições mais aceitas/desenvolvidas, conforme à
civilização em questão, em comportamentos deploráveis — como
muitos de nossos dirigentes políticos e outras autoridades —,
podemos considerar que essa sociedade está em uma direção
inadequada para o seu desenvolvimento. Se o retrocesso não for
possível, a estagnação e o escárnio por outros povos são
certezas.
Sabemos
que o brasileiro não detém o monopólio da corrupção e de todos
os outros mal feitos, contudo, desafortunadamente somos protagonistas
de primeira pequenez nesse certame, em nível planetário.
O
número de vezes que vemos nossas autoridades em posições
inconvenientes é infindável.
Hoje, 09 de maio de 2016, cerca das 13
horas, vimos o Sr. Ailton Araújo (PSC),
presidente da Câmara Municpal de Curitiba, estacionando o seu carro,
de forma deliberada, na conta-mão, no Bairro Tingui, não era um
momento de exceção, visto que saiu tranquilo de seu veículo e
encetou uma conversação tranquila.
Quiçá
ele seja o candidato a vice-prefeito de Curitiba, na chapa do Gustavo
Fruet (PDT), conforme o jornal “METRO”, de hoje.
Essa
e outras atitudes que podem parecer simples trazem-nos um desânimo
sobre os rumos desta terra tropical maltratada a todo momento até
nas situações mais comezinhas, as
quais dão um prenúncio de um futuro obnubilado. 09/05/2016