Está-se com a
querida companheira em terras longínquas, em um hotel que não
oferece além do usual de um frigobar para a situação e dois copos.
Ela tem um quase
gravídico desejo por vinho e um queijo —não tão habitual—, e
agora, o que fazer? Visto que uma parceira contrariada é pior do
que não tê-la há tempos.
O melhor é que
parte da empreitada está posta, estão nas ruas. Começam a procurar
vinho de meia garrafa, já que só um bebe. Além do queijo, pão
especial — não servem o francês, o de forma, o integral —,
italiano é o parceiro ideal para o que deleitava Dionísio e para o
produto lácteo (que também não haveria de ser mussarela, frescal,
prato e tantos outros), quem sabe um parmesão ou emental.
Mas para cortar o
queijo e o pão não havia qualquer apetrecho que pudesse desempenhar
a façanha.
Vai-se a uma
padaria, a outra, um mercado, e mais outro. E nada de agrupar os
itens desejados.
Passa-se em frente
de uma loja de caça e pesca, no qual há armas mil — até
nunchaku, shuriken e espada samurai — mas nada que servisse, exceto
um canivete, porém o custo não era convidativo.
Depois de conhecer a
loja de lingerie SI-SI, da de calçados TO-TO, chega-se ao
supermercado TA-TA, onde há vinhos, queijos, contudo nada de
cortantes, mesmo havendo outros talheres à venda. Solução: levar
uma colher de sopa para cortar o queijo.
Então, tomam vinho
com fatias curvas de queijo e pão novidadeiro, e como sobremesa,
milhojas dulce de leche. 13/10/13
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