sexta-feira, 23 de agosto de 2013

CAMPO GRANDE: ESTÃO DESMAZELADOS COM ELA!

          Porque ela não é desmazelada nem está?  Porque ela é um local geográfico onde reúnem-se pessoas, gatos, cachorros, vírus, bactérias e muitos outros seres, e esses espoliam-na o máximo que podem, na verdade, parasitam-na.
 
          O verbo “ser” designa condição ou característica, por exemplo, Fulano é o prefeito da cidade de Campo Grande; Sicrano é inteligente.
 
          O verbo “estar” indica um estado ou posição geográfica, por exemplo, Campo Grande está abandonada pelas as autoridades; Beltrano está  em outra cidade.
          A cidade não é responsável por estar descuidada, os que a habitam — sobretudo os gestores — o são. 
          Ela não exerce, nem pode exercer, ação alguma sobre si ou outrem; todavia, é totalmente passiva, recebe — na maioria das vezes sofre — a ação dos seus circunstantes, ou outros comensais que lhe afetam.
Estacionamento sobre calçada
 na Av. Mal. Deodoro 
          Suas calçadas e sarjetas no centro estão destruídas, mal conservadas; nos bairro o quadro é um tanto mais crítico: as calçadas não existem, ou estão esburacadas, ou servem de estacionamento para veículos de duas ou mais rodas; quanto às sarjetas, seria pedir em demasia.

          As ruas centrais estão forradas de papéis publicitários, sendo que os agentes das sujidades são os anunciantes, com a cumplicidade do poder público que deixa de coibi-los.
Rua 14 de julho, com a Barão do Rio Branco.
Em   frente  às   Lojas   Riachuelo,  no centro
         
           Semáforos para pedestres inexistem  — esses são a parte mais frágil do trânsito —, os quais lançam-se à frente dos carros e dos camicases sobre duas rodas. Ela é — dentre as muitas capitais que conheço — a única que não os tem. Sinalização horizontal, com ênfase para a faixa para pedestres, também não há. 
 
           O asfalto é um conjunto de baixos e altos relevos — calombos provenientes de sucessivos remendos —  que os gestores não visualizam,  há tempos, a necessidade de recapeamento.   Essa  desqualidade do asfalto só intensifica a problemática do transporte urbano, propiciando grandes barulhos ininterruptos em muitos dos ônibus velhos e mal conservados, alguns até com mofo no teto.
Comércio ambulante nos
 terminais de ônibus
          Os terminais de ônibus transformaram-se em camelódromos, tornando seus espaços ainda mais disputados quando alguns expõem suas mercadorias no chão. Há os que vendem alimentos, os quais podem  ser deletérios, pela longa exposição ao ambiente e feitura sem fiscalização dos órgãos sanitários. Alguns bebedouros de água vazam, denota-se duplo descaso: mau serviço ao público e desperdício do líquido essencial à vida.
 
            A rodoviária, inaugurada em 2009, é um exemplo da desatenção de seus mandatários. Fizeram-na pequena em demasia — é uma dissonância no tange ao tamanho da sua população e às perspectivas de seu crescimento —, assemelha-se ao improviso duradouro tão característico do famigerado e pernicioso “jeitinho brasileiro”, o qual pode-se subdenominar jeitinho sul pantaneiro, ou jeitinho mandioqueiro, como oriundos de outros estados alcunham o sul-mato-grossense; as toaletes mais assemelham-se a uma piscina semiolímpica do que propriamente a um local para receber o substantivo inerente à sua função desejada, são sujos, fétidos e destituídos dos apetrechos necessários para higienização conveniente ( faltam sabonete e papel toalha). Então, para que servem as taxas de embarque que pagamos?
            O que fazem as autoridades em suas funções? Onde está (localização geográfica) o erário? 
            Acordem: população e mandatários!                                16/08/2013

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