As
minhas maiores decepções, ou descontentamentos — ou quaisquer
outros substantivos que os retratem, ou ainda, ao menos aproximem-se —
não são exatamente as coisas ou as aspirações que não deixaram de
ser abstratas, tais como, as mulheres midiáticas,
perfeitas ou divinas que sequer aproximei-me delas, ou pior ainda,
jamais souberam da minha plebeia existência...
Também
não foram os lugares nacionais ou países que ansiei visitar...
Não
são os luxos, como iates, aviões e outros ricos supérfluos, os
quais almejei, não os tive e, talvez, não os tenha — o que é a
probabilidade maior...
Não
são os reconhecimentos, valorações que tive (ou pensava ter),
e
nem sequer foram notadas...
Não,
também não é a espiritualidade, pela qual busquei por diversas
vezes, que não tenho...
Não
é pela fé em Deus que quisera ter...
Pelos
relacionamentos...
O
que mais me entristece e desespera é a minha ignorância. Quanto
busquei e, ainda busco por conhecimento, mesmo não sabendo o que
faria se o tivesse.
Só
um último aproxima-se do meu maior pavor — e sei que não terei a
resposta, pelo menos, penso que não — a morte (essa maldita que a
ninguém poupa), e mais ainda se precedida por dores e sofrimentos
diversos.
Quanta
desolação, escuridão, neste nosso andar.
Miserável
morte, queria tanto que me detestasse e que tivesse vontade de sempre
estar distante, e muito, de mim; que sequer soubesse que um dia
existi. Ignore-me!
E
você, oh tempo, não me castigue como se fosse um aliado dela.
Dupla
implacável e soberana. Tão perversos perseguidores são.
Misericórdia! Duas mil vezes misericórdia !
27/06/12
27/06/12
Muito bem escrito meu amigo!!! Parabéns!!!
ResponderExcluirGrato, amigo. Fique à vontade para qualquer tipo de comentário. Abraço, Ismar
ExcluirSempre com o linguajar impecável !
ResponderExcluirPenso que seja um elogio, e ,portanto, é um auto-elogio para você, visto que parte do meu produto escrito atual cabe a você, enquanto coordenadora das oficinas de escrita.
ResponderExcluirAbraço, Ismar