Pode-se perguntar se a universidade pública tem maior obrigação para com a sociedade quando comparada com uma universidade particular. A particular tem apenas obrigação com as leis vigentes relacionadas à sua atividade empresarial e para com o público interno – os discentes. Embora em alguns casos ela possa ter também para com o público externo, por exemplo, para com um cidadão que utiliza a assistência jurídica gratuita fornecida pelo curso de direito – ele tem o direito de ser dignamente atendido.
Entretanto, a universidade pública é essencialmente constituída pela elite – quer se refiram aos os integrantes professores, quer aos discentes – por mais que algum deles negue, haja vista que o protagonismo deles, independente da qualidade, é custeado também pelos que estão fora, mas não usufruem dela.
O discente tem o dever de se aplicar a todas as atividades relacionadas ao seu estudo, respeitar a todos – visto que os demais integrantes são procuradores, representantes dos não integrantes -, como também ser respeitado por todos. E caso não o seja, os mantenedores do seu estudo estão sendo enganados. O aluno não tem o direito de não estudar de forma empenhada, de faltar às aulas, ou danificar livros e quaisquer outras peças do patrimônio público sob a guarda da universidade.
E, ainda, após graduado ou pós-graduado, tem a obrigação eterna de fazer valer os ensinamentos lá adquiridos em prol de uma sociedade mais virtuosa, e desenvolvimentista no que se refere ao bem viver social.
Uma nação tem os seus valores alicerçados no seu povo, cultura e língua; os quais atrelados a um território perfazem um país.
Logo, os professores bem mais que os alunos de uma universidade têm deveres para com a nação para a qual trabalham e não devem apenas simular que o fazem. E desse grupo não são poucos os componentes, mas felizmente em menor quantidade do que os dignos de serem chamados professores universitários.
Há os que proferem insatisfações das mais comezinhas, porém se esquecem – ou mesmo negligenciam – até mesmo do estudo para o contínuo aperfeiçoamento do conhecimento a ser difundido. Outros, sequer cuidam da língua nacional – seja na forma falada, seja na escrita.
Há os que desapropriam os alunos e o povo com a ineficiência de suas aulas, bem como os que comentam inclusive assuntos inadequados, como a contação de uma piada ou fato descabido em sala de aula.
Embora muitos detém os títulos de mestre ou doutor, poucos podem ser chamados, de verdade, como tais, já que não são facilitadores da propagação ou do desenvolvimento do saber; muito pelo contrário. 11022011
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