Nos
dias de hoje, refiro-me a 2017, muitos pensam que podem obter todos
os direitos inimagináveis agora, mais os que as suas mentes possam
vir a criar. Esses muitos consideram-se defensores de quaisquer
verdades suas, às vezes, as mais estapafúrdias que um dito homo
sapiens possa ter. Mas eles podem, visto que elas os favorecem.
Somado
a isso, são por demais intolerantes às ideias alheias, exercendo o
escárnio, o linchamento o moral e, em casos mais violentos, até o
físico. Não importa o cerne da oposição de ideias e/ou
preferências, vai desde o futebol, passando pela política, pelas
artes, até a escolha sexual.
E
pasmem os senhores – quando escrevo senhores refiro-me às mulheres
e aos homens, não somente a esses – presenciei um pequeno debate
político real, sem ofensas de quaisquer tipos. As pessoas
ativeram-se à defesa das convicções, não se desviaram para as
ofensas da moral, da religião ou da família alheia. Este
poderia ser um exemplo de debate civilizado a ser seguido, porquanto
o brasileiro tornou-se politizado a partir de 2013, característica
que paulatinamente vai se robustecendo em ânimos negativos –
infelizmente – e em números.
Leia
o debate, mas antes entenda o seu início, o qual foi uma postagem em
rede social, composta por algumas fotos com a
bandeira do Brasil Império e as sentenças: “Viva
o
Império do
Brasil!!! Em prol
da volta da Família
Imperial!!”
Um:
– Tem gente
querendo sustentar mais ociosos. O que as famílias reais fazem de
bom para as suas nações? Precisamos é de vergonha na cara, o
problema não é a política: quando o brasileiro – não o
indivíduo, mas o conjunto de 207 milhões – prestar, a politica
será boa.
Dois:
– Calma,
amigo,
a Família Imperial está e sempre esteve atenta ao nosso país. Como
não pode agir politicamente, está sempre em contato com o povo, em
ações sociais, eventos, hospitais, etc... sem uma luz para salvar e
guiar os passos desta nação continuaremos caindo neste abismo
republicano.
Um:
– Se não há
competência nos 207 milhões, o que nos assegura que esse segmento a
detém. Respeito: opinião é opinião, contudo não visualizo
fundamento.
Dois:
–
Nossos políticos gastam milhões do dinheiro público todo
ano com regalias... nós, monarquistas, queremos um controle desses
gastos... isso, além de outras coisas, só serão feitos por alguém
sem vínculo político, no caso, o Imperador.
A
diferença é que um monarca é preparado desde a infância para ser
chefe de estado. Diferente de um presidente que pode acordar um dia e
falar: vou me candidatar. Sem nem saber ler direito.
Pesquise
um pouco sobre a Família Imperial do Brasil. Vai entender do que
estou falando, quando os conhecer melhor. Não vi patriotismo em
nenhum outro lugar e em ninguém igual ao que presenciei em Dom
Bertrand.
Um:
– Temos
políticos que o são por inúmeras décadas e não aprendem. O que
os príncipes Harry e William aprenderam para auxiliar o governo
britânico, por exemplo? Penso que nada. Penso que me situo entre os
que gostariam de ver este país em outro patamar. Nem por isso, estou
à altura da governança de que ele precisa. Precisamos de ética, as
demais características necessárias para ter uma boa e grande nação
virão no bojo. Sou contra a monarquia, é arrumar mais gente para
viver à custa do povo. Os nossos ex-imperadores eram malemolentes,
quiçá despreparados, não fizeram boas gestões.
Dois:
–
Eles passaram por uma situação difícil com a morte da mãe.
Mas saberão o que fazer quando chegar a hora. Eles têm excelentes
exemplos a seguir
Um:
– Como disse, respeito
a sua opinião. Contudo, se depender de meu voto, este país jamais
será de novo uma monarquia.
Dois:
–
Não sei a quais imperadores você se refere, mas D. João VI, nem
foi imperador. Na época de D. Pedro II, o Brasil era uma das maiores
potências mundiais, com muitos progressos, estabilidade política e
financeira, tínhamos uma das maiores e mais preparadas marinhas do
mundo. Sua opinião, também tem meu respeito. Obrigado por
compartilhá-la. Mas gostaria de lembrar que a monarquia
parlamentarista foi o único regime que deu certo no Brasil. Boa
noite, amigo!
Um:
– Talvez conheça mais História do que eu. Todavia,
não me lembro de um período relativamente longo, quiçá 5 décadas,
que este belo e espoliado país tenha dado certo, face aos eternos
malfeitores empoderados. Obrigado pelo debate. Abraço.
Dois:
–
Abraço!
Oxalá
todo confronto de opiniões se desenvolvesse e finalizasse como esse.
Quiçá um dia o povo brasileiro seja urbano o suficiente para tal
nível de convivência face às diversidades.
16/11/2017
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