domingo, 27 de março de 2011

FORÇA

Sol, sol que é dourado, que exprime pujança. Douradeza que é invulnerável. Enquanto caminha pelo céu, outrora límpido, eu tento deslizar-me por superfície irregular, movido por uma força alheia. Você se alça para as alturas, eu consumo o tempo no mesmo plano. Vejo-o espelhado, logo de costas para você e, mesmo assim, permanece a abrilhantar-me a trajetória para a labuta. Você some atrás da montanha artificial, enquanto eu, na curva da reta de chegada, preparo-me para encará-lo de frente. Veio para radiar, no entanto – compulsoriamente - adentro por um túnel (do submundo), onde me confinarei por um quarto de mais um ciclo seu. Assim, somente quando para lá do pino que revê-lo-ei. 24/09/1986.

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