Os
nossos impostos, aquilo que pagamos diretamente aos desgovernos, são
altíssimos; os beneficiados são os próprios desgovernos, seus
pseudo-agentes e seus bajuladores. Quanto ao povo – os espoliados
pagadores dos 2/5 do inferno – nunca recebe
benesse alguma como retorno.
Diversos
prefeitos-fantoches, aqueles que só sabem aumentar os tributos,
majoram o IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) em percentuais
assustadores, escarnecem-se dos seus munícipes.
Desgovernos
estaduais, da mesma valha, tripudiam sobre os servidores e a
população. Inúmeros estados falidos sequer pagam os funcionários.
O
desgoverno federal não atualiza a tabela do Imposto de Renda desde
1996, defasada em 88,4%
(http://economia.estadao.com.br/noticias/seu-dinheiro,sem-correcao-defasagem-da-tabela-do-ir-sobe-para-88-4,70002147100).
Há
cerca de 3 anos, pagava R$ 400,00 pelo trecho Curitiba/Campo
Grande/Curitiba, hoje só um trecho custa mais de R$ 400,00. Para
ambos os casos, bilhetes comprados com antecedência de, no mínimo,
30 dias.
As
companhias aéreas, com o respaldo da ANAC (Agência
Nacional
de Aviação Civil), organizaram-se para a indenização de bagagem
pelo passageiro, alegando que a tarifa da passagem, propriamente
dita, baixaria e o cliente seria cobrado com justeza, visto que quem
levasse bagagem mais pesada pagaria mais por ela e vice-versa.
Agora,
o passageiro que não leva uma mala pequena, mas apenas sua mochila,
vê-se coagido pela tripulação a jogá-la no piso – certamente
sujo, pois é o lugar onde as pessoas colocam os seus pés. Quem não
leva mala pequena a bordo está pagando a mais, pagando para que
outros levem as suas pequenas malas nos compartimentos internos; isso
se soma à mala grande, que porventura tenha despachado e pagado por
ela. No dia 29 de janeiro de 2018, paguei R$ 80,00 por uma mala de 26
kg, e ainda queriam que eu colocasse a mochila no chão.
Se
há malas pequenas demais nos compartimentos acima dos passageiros
não é problema de quem ainda não armazenou a sua bagagem de até
10 kg. O que a ANAC faz que não consegue gerenciar essa
questiúncula? Não acreditei nessa história, o mercado não oscila
a favor do cidadão.
Ainda
no dia 29 de janeiro de 2018, uma garrafa de água com 310 ml
custou-me R$ 5,50, o que equivale a pagar R$ 17,74 por um litro de
água – deve ser o litro de água mais caro do mundo. Tem opção ?
Tem, paga-se o preço vigente ou não paga e toma-se água da
torneira. E a água da torneira é confiável? dê-me um exemplo de
um serviço brasileiro confiável, talvez nem a água mineral o seja,
tendo em conta que os alimentos, os medicamentos, à venda não o
são. Lembram-se do leite com formol, do Microvlar (o
anticoncepcional com farinha), dos combustíveis batizados – esse
bem recorrente?
Triste
país, miseráveis brasileiros, até onde iremos se a incompetência
de nossos desgovernos não lhes permite gerenciar os assuntos mais
comezinhos de nossa sociedade? pelo contrário, acrescentam ao povo,
problemas e mais problemas. Citemos algumas manchetes da atualidade,
2018: febre amarela e a sua vacina, presídios em alvoroço, crime
organizado, mortes nos trânsitos urbanos e interurbanos, desemprego
altíssimo, poluição em geral, falta de água, energia elétrica
cara, combustível caro, educação precária, saúde pública
ineficiente, corrupção crescente, segmento do judiciário
pressionado e instável. A lista é infinda.
Se
não tivéssemos desgovernos oficialmente, haja vista que, na
prática, não temos governos há muito tempo; nem me lembro quando o
povo brasileiro o teve.
Pagamos
impostos maiores que muitos países desenvolvidos e temos serviços
públicos de país terceiro-mundista, ou se quiser um termo mais
atualizado, conforme o tosco discurso politicamente correto: país em
desenvolvimento. Isso só na teoria, porquanto não há
desenvolvimento nestas plagas. 07/02/2018