Apito nas Montanhas
Aquilo — o subir montanhas no estado Paraná — surgiu de uma forma casual. Tínhamos ido a um restaurante mais ou menos ermo para comer trutas, no Paraíso das trutas, em Piraquara.
Após esse desfrute, o Duque Afonso convidou-me para explorar o Morro do Canal (1.373 m de altitude). Fizemo-lo, era pouco baixo, mas as dificuldades vivenciais, muitas vezes, estão intrinsecamente conectadas às experiências ou à ausência delas.
Subimos tantos outros morros e outras elevações (sem distinções técnicas em relação à altitude ou à formação geológica), o grupo cresceu, mas era irregular quanto ao número e à sua composição.
Muitas vezes, pensava que não conseguiria subir ao ponto objetivado, visto que alguns são deveras difíceis. Subíamo-las aos domingos; às segundas-feiras, a vontade era ficar imóvel devido à intensidade e a multi localização das dores, principalmente nas pernas.
O acesso nunca era “mamão com açúcar”, levava o meu apito, o qual seria para chamar alguns dos subintes, caso houvesse necessidade, nunca precisei fazê-lo.
As metas não atingidas foram o Pico Paraná (1.877 m), município de Antonina, e o Pico do Marumbi (1.539 m), município de Morretes.
Soube que alguns se perderam, outros jamais voltaram. N162023